O bairro Garcia recebeu essa denominação oficial através da Lei nº. 717, de 28 de abril de 1956. A origem do nome se deve à existência de moradores, no ano de 1846, oriundos do rio Garcia, do município de Camboriú. No mapa da Colônia de Blumenau, de 1864, já constava o nome do ribeirão Garcia.
No Distrito do Vale do Garcia constava, segundo mapa da Colônia, 31 lotes na margem direita e 25 na margem esquerda. Ao longo do ribeirão foi construída a estrada à medida que os lotes eram demarcados, prolongando-se depois pelos bairros da Glória, Progresso, sempre seguindo os ribeirões Garcia, Jordão e Caeté.
Em 1852, as terras às margens do ribeirão Garcia eram conhecidas por Die Kolonie (Da Colônia). O Dr. Fritz Müller residiu no bairro Garcia durante quatro anos, mudando-se depois para a rua XV de Novembro e, por fim, para a rua Itajaí, no bairro Vorstardt.
A rua Amazonas recebeu denominação através da Lei nº. 124, de 16 de abril de 1919; a rua Engenheiro Odebrecht pela Lei nº. 13, de 10 de setembro de 1936; o Beco Franke passou a denominar-se rua Goiás, por meio do decreto Lei nº. 68, de 18 de agosto de 1942; e o Beco Hospital passou a se chamar rua Araranguá com a Lei nº. 315, de 13 de março de 1952.
A mais antiga Sociedade de Atiradores foi fundada em 2 de dezembro de 1859, no Vale do Garcia, e um dos fundadores foi o Pastor Oswaldo Hesse. Durante a 1ª e 2ª Guerra Mundial foram suspensas as atividades nessas sociedades. No dia 2 de julho de 1932, foi fundada a Sociedade do General Osório, no Garcia, pelo professor suíço Rudolf Hollenweger.
A pedra fundamental da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, da Paróquia Blumenau Centro, foi lançada em 23 de outubro de 1868, pelo Pastor Oswaldo Hesse, sendo o arquiteto responsável Henrique Krohberger. Nos fundos da igreja está o cemitério onde se encontra o túmulo de Fritz Müller.